quinta-feira, 1 de outubro de 2015

NASCIMENTO HENRIQUE - PARTO DOMICILIAR

Desde o início da gestação, queríamos um parto natural. No início pensamos em parir no Hospital Sofia Feldmann que era a nossa melhor opção, mas com o tempo fomos estudando e decidimos que o parto domiciliar seria o ideal para a chegada de nosso príncipe Henrique!

O dia que mudou nossas vidas! 38 semanas e 3 dias de gestação

No dia 30/07/2015, às 4:22h da manhã, acordei assustada com a sensação de ter levado uma bolada na bunda. Logo senti um líquido quente saindo, pensei que fosse xixi, que eu não tinha acordado para ir ao banheiro. Estava muito cansada naquela noite, pois esse dia seria o chá de fraldas. Mas, percebi que era a bolsa que havia rompido. Chamei meu marido e falei com ele: “Acho que a bolsa estourou!”, ele acendeu a luz e olhamos o lençol todo molhado! Foi uma sensação muito gostosa, a ansiedade, a expectativa, a alegria de saber que logo nosso filho estaria com a gente, comemoramos: Ele vai nascer!!! O grande dia chegou! 

Ainda na cama ligamos para a parteira, conversamos pelo whatsapp, falei com ela o que estava acontecendo, mandei a foto do líquido que molhou o lençol. 
A equipe do parto domiciliar tinha nos visitado no dia anterior, não imaginamos que seria naquele dia. Odete me disse: "bora voltar para a estrada!" 

As contrações já começaram de 3/3minutos e duravam em média 30 segundos. Meu marido pegou um caderno e começou a anotar! As dores eram fracas, conseguia conversar, mas não consegui dormir de novo, estava elétrica, muita coisa ainda tinha que ser feita. 

Levantamos e fomos tomar um banho, lavei o cabelo, nos abraçamos e despedimos da barriga! Fui para o quarto separar as roupinhas do bebê! As contrações já estavam ritmadas. 

Fomos na casa da minha mãe para falar que era o dia e que teríamos que cancelar o chá. 
Liguei para minha amiga que iria fotografar o parto, falei com ela que não precisava ter pressa porque ainda demoraria. 
Na volta pra casa, ia passar no supermercado, mas já não estava conseguindo mais me concentrar, pedi para voltar pra casa. 

Fui para o chuveiro, relaxei, meu marido sempre doce e sorrindo pra mim, fazendo com que tudo saísse do jeito que sonhamos. 

Às 8 horas minha amiga chegou, não conseguia conversar direito pois as contrações estavam bem intensas, fiquei um pouco deitada, mas quando vinha a contração eu sentia a vontade de mudar de posição. A piscina estava enchendo no nosso quarto! Sempre idealizei o parto na água. 

Fui pro chuveiro de novo, já não conseguia receber o carinho do marido, não quis segurar a mão da Grazi, sentei no hão do banheiro e pensei que não ia agüentar. E que se ele demorasse muito para nascer eu não daria conta. Meu marido se sentou olhando pra mim, falei com ele que eu não agüentava mais, que tava doendo muito. Ele sorrindo disse: Você consegue! 

Sai do chuveiro e fui pra cama, mas pouco tempo depois eu tremi de dor e quis sentar no vaso. Quando Deimes olhou a cabeça já estava aparecendo e já dava pra ver o tanto de cabelo que nosso bebê tinha. Chamei a Grazi e disse ele vai nascer!!! 

O círculo de fogo foi muito intenso, tive que me levantar porque se não o Henrique poderia cair no vaso. Em pouco tempo ele nasceu! Saiu de uma só vez. Foi amparado pelas doces mãos de seu pai, chorou logo em seguida. Foi uma emoção enorme, um momento único! Não conseguia imaginar que fosse ser tão perfeito. As dores sumiram, só tinha espaço para a felicidade de ver o rostinho do me filho e a cara de bobo do marido! 

A equipe não chegou a tempo, RS! 

Foram 5 horas e 45 minutos de trabalho de parto! Um dia que ficará em nossa memória! 

Meu príncipe nasceu com 3050g e 48 centímetros. Ficamos ligados ainda por um bom tempo, a placenta saiu quando a equipe chegou! A piscina ficou pela metade, RS! 

Conseguimos parir! Mesmo com muitas pessoas falando que eu não daria conta porque sou muito magra e tenho a bacia estreita! Henrique nasceu no dia que quis e como quis. Nasceu no banheiro de nossa casa e cercado de muito amor.

 Ensaio fotográfico com 36 semanas


Nasceu e foi direto para o peito


Henrique ainda conectado a placenta


 Órgão que nutriu o nosso príncipe


Impressão da placenta feita pela doula


Henrique, nosso tão esperado e amado príncipe


NOTAS DO BLOG:
Esse relato foi escrito pela mãe do bebê e cedido ao blog;
A reprodução dele e das imagens devem ser feitas mediante autorização por escrito;
O relato, como todos os outros neste blog, foi publicado com o intuito de estimular reflexões para situações possíveis durante a gestação, parto e amamentação;
Comentários são bem vindos. Mas, caso tenham conteúdo ofensivo, preconceituoso ou sejam desrespeitosos, serão excluídos;
Você também quer dividir a sua história*? Mande-a para o e-mail: vanessadoulamg@yahoo.com.br
*os relatos enviados devem contar a SUA experiência. Fotos e textos poderão ser publicados sem aviso prévio.

NASCIMENTO DA HELEN BEATRIZ

Há 10 anos atrás passei por uma experiência traumática no parto do meu primeiro filho. E na segunda gravidez me vi na dúvida de qual parto haveria de escolher, e tudo se transformou em uma dúvida maior depois que me vi impossibilitada de caminhar após uma queda e quebra da minha perna, aos quatro meses de gestação.

Mas a minha dúvida se transformou em certeza quando conheci Vanessa Aveline, meu anjo da guarda, minha doula, que fez a diferença na minha vida naquele momento.

No dia 15 de abril comecei a sentir as primeiras contrações, sabia que minha princesa, que eu tanto desejava, estava chegando. A madrugada veio e meu coração apertava, se enchia de alegrias e de medo, passei muito mal, mas não liguei.

Quando as oito horas da manhã do dia 16, minha doula chegou e começamos um trabalho lindo. Fomos para o chuveiro porque as dores aumentaram, cheguei até a dormir sentindo as contrações e escutando as músicas escolhidas por mim.

Eu nem acreditava que poderia entrar em um transe com dores, e num é que a tal PARTOLÂNDIA existe?!! Por alguns instantes me via em outro lugar, um lugar mágico. Tomei água de coco e chupei muito mel.

E então aquele trauma de dez anos atrás começou a passar na minha cabeça, mas estava tão tranquila que depois só pensava na chegada da minha princesa. E as dores, devido a um trabalho de respiração, já não eram problemas.

Fiquei muito tempo em baixo do chuveiro. Quando decidi deitar um pouco, as dores ficaram intensas e decidimos ir para o hospital. O hospital escolhido era um em que quase todos os nascimentos eram por cesarianas, mas eu faria a diferença naquele dia.

Chegamos ao hospital as 14h30 e tive a noticia de que estava cheio e não poderia me internar ali. Minha doula então disse a enfermeira que arrumassem um banheiro, minha princesa não demoraria a chegar. A residente fez o maldito exame de toque e disse que estava com sete cm de dilatação, mas que o obstetra confirmaria.

Lembro que quando o obstetra veio e ia fazer o toque, chamei a atenção dele pq estava tendo uma contração e era pro mesmo esperar ela passar. Quando ele me disse que estava com 10cm meu coração foi a boca. Minha bebê podia nascer ali, mas Vanessa não me deixou sozinha nenhum instante.

Então subimos pro bloco e meu marido ficou fazendo minha ficha, eu na minha dificuldade de andar, por conta da minha perna quebrada, nem lembrava mais dela, só pensava que daqui a alguns instantes estaria com um dos meus maiores sonhos nos braços.

Dentro do elevador o médico pediu que eu ficasse com as pernas fechadas, pq meu bebê poderia nascer ali, rimos até e eu vibrando com aquele momento tão especial.

Entramos no bloco, mas não vi mais Vanessa.

Começaram os procedimento, eu queria meu parto sentada, uma enfermeira sugeriu isso ao obstetra, mas ele não aceitou e disse que não daria tempo. Retirei meu vestido e deitei naquela mesa, já não estava aguentando a dor e então pedi uma analgesia. Tomei diversas agulhadas na coluna, mas na hora só conseguia pensar no rostinho da minha filha.

Virei a sensação naquele bloco, o obstetra dizendo: "Vai nascer, se alguém quiser ver é agora. Quem viu, viu. Quem não viu, não vai ver mais." E as 15h05 como num passe de mágica, entrei num transe e só senti minha filha sendo colocada nos meus braços.

Vanessa entrou e disse: "Já nasceu? Carol, foi muito rápido!!!".

Não deu tempo do marido ver, então tiramos fotos daquele momento para mostrá-lo.

Tínhamos algumas exigências conforme o Plano de Parto que não foram atendidas. Mas já sabíamos que provavelmente seria assim, naquela instituição.

Porém meu parto foi motivo de comemoração, não entramos pra triste estatística daquele lugar. Foi o ÚNICO PARTO NORMAL EM TRÊS DIAS. Eu fiz a diferença!

Fiquei quase cinco horas no pós parto com minha pressão alta, apesar de me sentir muito bem. Só ficava olhando pro rostinho da minha pequena princesa. E quando finalmente fui para o quarto, vi meu anjo da guarda e meu marido me esperando, foi só alegria!!!

Agradeço à Deus por ter colocado essa pessoa especial na minha vida, porque sem ela eu entraria na estatística das cesarianas mal indicadas. Ela fez a diferença na minha vida e da minha família e hoje estou muito feliz com minha decisão por um parto normal e ter contratado uma doula.

 Escada pés no Chá de Bençãos feito pela doula


 Papai e irmão dando beijinhos na casinha da Helen


 Aproveitando a PARTOLÂNDIA em baixo do chuveiro


Parir é ruim demais #soquenao



Helen Beatriz - 3,015 kg e 49cm


 Papai, mamãe e Helen, enfim juntos


Nossa doula e anjo da guarda com a princesinha no colo


Meus maiores presentes, Victor e Helen


NOTAS DO BLOG:
Esse relato foi escrito pela mãe do bebê e cedido ao blog;
A reprodução dele e das imagens devem ser feitas mediante autorização por escrito;
O relato, como todos os outros neste blog, foi publicado com o intuito de estimular reflexões para situações possíveis durante a gestação, parto e amamentação;
Comentários são bem vindos. Mas, caso tenham conteúdo ofensivo, preconceituoso ou sejam desrespeitosos, serão excluídos;
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